As épocas em que a loja fica mais movimentada, são Dia das Mães e Natal, o movimento é tanto que a gente quase fica louca, literalmente.
Em um sábado, em uma dessas duas datas (eu não me lembro qual exatamente), o movimento estava até bonito de ver, desde que a loja abriu sem parar um minuto.
Por volta das 18 eu já estava no limite (não tenho tanta resistência física), terminei de atender uma cliente e coloquei as coisas dela no caixa.
Sabe quando você respira fundo? (se não souber, tudo bem), eu coloquei as coisas que ela tinha escolhido no caixa e respirei fundo (bem fundo).
(Na verdade não foi exatamente assim)
Nesse mesmo momento, entrou outra cliente. Então, eu sai do balcão e disse:
- Boa tarde, o que você precisa?
Ela respondeu:
- Boa tarde!
- O que tem pra "bebe"?
Eu, penso um pouco, confirmo o meu pensamento e respondo:
- Ah, a gente só tem água!
No mesmo momento, um silêncio na loja, a mulher fica muda (e eu não entendendo o que tava acontecendo), minha mãe que estava atendendo outra pessoa olha pra mim (segurando pra não rir, pois ela sabia que eu poderia chorar de vergonha a qualquer momento) e diz:
- Amor, ela quer coisas pra bebê, pra nenem (e faz o movimento de como se estivesse segurando um bebê).
(Foi essa a única reação que pude ter)
Como não tinha pra onde fugir, fui mostrar as coisas pra mulher no automático e ela escolheu rapidamente o que precisava (em consideração a mim, é claro).
Depois que ela fui embora, minha mãe riu como eu nunca tinha visto, contava pra cada cliente que entrava o que tinha acontecido (como se fosse o acontecimento do ano).
O PIOR de tudo, é que quando eu disse que pensei pra responder, jamais passou pela minha cabeça que ela queria coisa pra bebê, eu só estava pensando de tinha algo além de água (triste realidade).
Na segunda seguinte, chego na loja, e a minha vó (que não estava no dia) diz:
- Oi Gata, se alguém perguntar, fala que hoje tem água e café!
Beijos
Até a próxima!
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